quarta-feira, outubro 17

Protótipo da mulher de hoje

A mulher de hoje em dia é diferente daquela de décadas atrás até na propaganda. Ela não aceita mais ser obrigada a se encaixar em padrões - divulgados em campanhas publicitárias. Pior: ela rejeita as marcas que impõem padrões. Ela quer uma propaganda bem-humorada, cúmplice e com estereótipos. É o que mostra a pesquisa que a entrevistada Camila Piza da Voltage, empresa de pesquisa de tendências.

terça-feira, outubro 16

Algumas mulheres das mais influentes do planeta

1 - Anne Lauvergeon (Areva) Entre 1984 e 1995, Anne Lauvergeon trabalhou em vários cargos para as agências energéticas governamentais. Depois de passagens por Lazard, Alcatel e Areva, foi nomeada, em 2006, novamente novo conselheira representante do governo francês.

2 - C.Carroll (A. American) Cynthia Carool é a primeira conselheira representante da Anglo American não sul-africana e que não procede da empresa.

3 - A.A. Johson (A. Johson) Chegou à presidência da Axel Johnson em 1982. Integrante da quarta geração da família Axel Johnson, ocupa cadeira em numerosos conselhos.

4 - A. P. Botín (Banesto) Situada como nona mulher de negócios mais poderosa do mundo pela Forbes, Ana Patrícia iniciou a carreira no JPMorgan em Nova York, seguindo para o Santander. Como presidente do Banesto, comandou a reestruturação e impulsionou sua expansão.

5 - Clara Furse (LSE) Primeira conselheira da Bolsa de Londres (LSE), em 2001. A LSE completou neste mês a fusão com a Bolsa Italiana.

6 - Valerie Gooding (Bupa)É conselheira representante da Bupa, uma das maiores empresas privadas de assistência de saúde do Reino Unido, desde 1998.

7 - P. Russo (A-Lucent) A diretora-geral da Alcatel-Lucent dedicou mais de 20 anos gerindo algumas das maiores divisões da Lucent e da AT&T.

8 - G. Sabanci (S. Holding) A diretora-administrativa da Sabanci Holding quer reduzir o peso da companhia na área dos serviços financeiros e colocar ênfase nas três divisões que oferecem mais oportunidade de crescimento (geração de energia, comércio varejistas e cimento).

9 - A. Falkenguer (SEB) Ingressou no banco e escalou posições até ser nomeada presidente em 2005. O banco lucrou, no segundo trimestre de 2007, de 495,6 milhões.

10 - M. Ribar (Panalpina) A principal executiva da Panalpina, Mônica Ribar chegou ao cargo em outubro de 2006.

11 - A. Ahrendts (Burberry) Sob a liderança de Angela Ahrendts, que assumiu a presidência em janeiro, a Burberry parece revigorada. Lançou uma estratégia que está transformando a atacadista de vestuários em varejista global de artigos de luxo.

12 - C. Stenbeck (Kinnevik) Stenbeck se viu no controle do império familiar com apenas 24 anos, como vice-presidente. Em maio, foi nomeada presidente.

13 - S. Bosse (Tryg Vesta) Ingressou na seguradora há duas décadas. Em 2001, foi nomeada principal executiva.

14 - N. McKinstry (WK) Foi nomeada em 2003 para seu cargo atual de presidente e principal executiva da editora holandesa para a qual trabalha há mais de uma década.

15 - I. Matthaüs-Maier, (KfW Bankengruppe) Em 1999, I. Matthaüs-Maier deixou a Bündestag (Câmara Baixa da Alemanha) e ingressou no conselho da KfW Bankengrüppe, onde foi nomeada principal executiva em 2006.

16 - Linda Cook (Shell) Responde pelas atividades de gás natural, gás natural líquido, e geração de energia do Royal Dutch Shell Group.

17 - Kate Swann (WH Smith) A estratégia da presidente da rede de varejo se baseia no controle de custos e no crescimento das margens brutas.

18 - C. Kinney (N. Euronext) Diretora geral e co-responsável pelas operações, se incorporou à Nyse Euronext há 33 anos, e escalou posições e cargos de gestão em diversas divisões.

19 - D. Thompson (D. Power)A presidente desempenhou papel importante na abertura do capital da Drax Power.

20 - D. Reiniche (Coca-Cola) A persidente da divisão européia da Coca-Cola ocupou o cargo após 13 anos na companhia, e responde pelas operações na UE e nos países da Associação Européia de Livre Comércio.

21 - Vivienne Cox (BP) Ocupou a vice-presidência executiva em 2004. Responsável pelas divisões de gás, energia e renováveis, supervisiona a BP Alternative Energy, que aspira ser a líder de energia de baixa emissão de carbono em 2015.

22 - A.Marie Idrac (SNCF) Passou vários anos dedicada à política. Em 2006, foi nomeada presidente do conselho e diretora gerente das ferrovias francesas.

23 - M.C. Lombard (TNT) Lombard é, desde 2004, diretora gerente e membro do conselho da TNT Express. Supervisiona a expansão da empresa.

24 - A. Schäferkordt (RTL) Iniciou na Bertelsmann, proprietária da RTL, em 1988. Foi nomeada presidente em 2005.

25 - Sly Bailey (T. Mirror) Se tornou a principal executiva em 2003, após atuar como principal executiva da IPC.(Gazeta Mercantil - Expansión)

Ranking das executivas mais influentes

Madri, 16 de Outubro de 2007 - Empresas que contam com mulheres em posições-chave têm melhores resultados financeiros, diz estudo. Um estudo da McKinsey, publicado recentemente, mostra que as empresas européias com maior proporção de mulheres em cargos influentes conseguem resultados financeiros superiores à média. O relatório, a ser divulgado no Womens Forum for the Economy & Society, na França, mostra que as companhias obtêm mais rendimento em termos de rentabilidade financeira, resultados operacionais e crescimento do preço das ações.
Além disso, foi divulgado o ranking das executivas mais influentes, elaborado com a agência Egon Zehnder e pelo Financial Times e Financial Times Deutschland, se baseia numa combinação de dados sobre o tamanho, o crescimento e, em alguns casos, a alta do preço das ações das empresas, ajustados segundo seu nível de responsabilidade, conquistas recentes e potencial. Como nos anos anteriores, a lista foi elaborada com candidatas baseadas na Europa (sem importar a nacionalidade) que detêm um cargo de direção.
Anne Lauvergeon, conselheira representante da Areva, grupo nuclear francês, foi eleita a empresária mais importante da Europa. Lauvergeon substitui Ana Patricia Botín, presidente-executiva do banco espanhol Banesto, que encabeçou o ranking durante dois anos consecutivos e que agora ocupa a quarta posição. A diretora-executiva da Areva, que no ano passado estava em segundo lugar, adquiriu uma sólida reputação na empresa nuclear estatal, onde enfrenta pressões políticas e comerciais.
Há sete novos nomes este ano, como os de Cynthia Carroll, Patricia Russo e Monika Ribar, que no último ano foi promovida para diretora-executiva do grupo de mineração Anglo American, a empresa de telecomunicações Alcatel-Lucent e o grupo suíço de logística e transportes Panalpina, respectivamente.
O acréscimo de Carroll e Russo supôs alguns desafios. Carroll subiu ao cargo de conselheira representante da Anglo American, e o júri ainda não pôde determinar seu impacto. Russo enfrenta desafios como líder da Alcatel-Lucent, que teve de emitir três advertências de revisão para baixo dos lucros em uma prazo de dez meses. Outras novas adesões são Angela Ahrendts (conselheira representante da Burberry), Catherine Kinney (diretora-geral da Nyse Eurotext ), Dominique Reiniche (diretora-geral da divisão da Coca-Cola na União Européia) e Anne-Marie Idrac, que preside o grupo francês de ferrovias SNCF.

Reforma demolidora

No começo do século 16, falar em "reforma" era conversa velha. Fazia centenas de anos que os intelectuais e místicos europeus malhavam a bagunça generalizada que parecia ter tomado conta da Igreja. "Na Idade Média, a palavra reformatio estava na boca de todos, assim como ocorre hoje com a palavra 'democracia'. E se caracterizava pela mesma multiplicidade de significados", diz o holandês Heiko Oberman, um dos grandes estudiosos da Reforma, no livro Luther: Man Between God and the Devil ("Lutero: o homem entre Deus e o Diabo", inédito no Brasil). Os críticos atacavam a vida de riqueza e luxúria dos líderes católicos e ficavam exasperados com a maneira como os altos cargos da hierarquia eclesiástica (que muitas vezes eram acompanhados pela posse de ricos feudos) viravam moeda de troca política. Mas o hábito que provavelmente mais escandalizava os intelectuais era a venda de indulgências. Com doações à Santa Sé, os cristãos mais abastados podiam, em tese, reduzir o tempo no Purgatório e agilizar sua ida ao Paraíso - era quase como comprar um lugar no céu.Todos os defensores da tal reformatio, entretanto, queriam corrigir o cristianismo de dentro para fora. Quebrar a unidade da Igreja era algo quase impensável. "Havia dissidências, mas elas geralmente eram localizadas, excessivamente diversificadas e sem coordenação", diz Euan Cameron, professor de Religião da Universidade Columbia, nos Estados Unidos. Quem deu uma mãozinha para tornar o reformismo mais radical foi o Renascimento.

Com o declínio da Idade Média na Europa, a filosofia e a arte da Antiguidade estavam sendo redescobertas por estudiosos. Isso incluía os pensadores do começo do cristianismo e o texto original da Bíblia. Era a primeira vez em muito tempo que os acadêmicos da Europa Ocidental tentavam ler os Evangelhos em grego ou o Antigo Testamento em hebraico, deixando de se guiar apenas pelas versões em latim preferidas pela Igreja. Os textos antigos faziam seus leitores repensar as bases da própria fé e comparar o passado "santo" do cristianismo com seu presente mundano. O meio universitário europeu permitia uma certa liberdade para discutir esses temas.Além do Renascimento, profundas mudanças sociais completavam o cenário favorável à Reforma. Com o desenvolvimento do capitalismo, surgia um mercado europeu dinâmico, envolvendo banqueiros, artesãos e comerciantes que queriam se ver livres de amarras políticas e religiosas para negociar. Especialmente na Alemanha, a terra natal de Lutero, muitas regiões começavam a se ver mais como parte de uma grande nação alemã que como membros do velho Sacro Império (que se estendia da França à atual República Checa), muito influenciado pelo papado.

Reforma Protestante: Movimento que incluiu renovação espiritual


Quem vive no século 21 costuma ter dificuldade para entender a obsessão dos antigos europeus com o fim do mundo. Para um ex-monge que viveu no século 16, porém, era difícil não acreditar que o Apocalipse estivesse chegando. Ele deixou isso claro ao comentar o livro do profeta Daniel - um dos textos bíblicos que prevêem o fim do mundo. "Tudo aconteceu e está consumado", escreveu Martinho Lutero por volta de 1530. "O Império Romano (o Sacro Império Romano-Germânico) está no fim, os turcos batem à porta, o esplendor do papismo se desvaneceu e o mundo está rachando por toda parte, como se fosse cair aos pedaços.

"Se ainda estivesse vivo, é possível que Lutero ficasse decepcionado com a demora para que o Apocalipse ocorresse. Mas ele não forçou tanto a barra ao afirmar que o fim estava próximo. Graças ao ex-monge alemão e a uma geração de reformadores religiosos, um mundo, pelo menos, já tinha acabado: aquele que, durante mais de 1100 anos, unira os cristãos do Ocidente. No lugar de uma só igreja, monolítica, dominada pela supremacia do papa em Roma, metade da Europa Ocidental foi sendo tomada por igrejas que consideravam a velha tradição católica como uma corrupção inaceitável dos ideais cristãos. Esse desejo de renovação espiritual foi um dos pilares da Reforma Protestante.

quarta-feira, outubro 10

Che Guevara - Uma aula de história deve servir para desconstruir mitos.


Um mito se descontrói com uma grande reflexão sobre seu papel na história, percebendo o contexto em que viveu e qual importância teve para as principais transformações que ocorreram em sua época. Um mito se desconstrói analisando as condições objetivas em que suas ações ocorreram, compreendendo as forças sociais e políticas que existiam em dado momento, assim como os interesses econômicos envolvidos. 
 
A discussão sobre um mito torna uma aula de história significativa, pois implica reflexão e não apenas fazer uma lista de grandes realizações de um “grande homem”. Os alunos se envolvem com uma discussão sobre a “importância de Napoleão” e apenas decoram uma aula com as “realizações de Napoleão”.

A matéria da revista Veja sobre Che Guevara é uma das peças mais retrógradas que podemos ver na imprensa nos últimos tempos, não pela opinião dos autores sobre o comunismo ou sobre Che, os medíocres autores podem ter a opinião que quiserem sobre qualquer coisa, mas daí a achar que todos os brasileiros devem ter a mesma opinião... 

Nesta semana ouvi.. “todos sabem que Veja é uma revista fascista...”. Não, as pessoas em geral não sabem. Não sabem, e muitos acreditam nas “informações produzidas” pela revista. A revista conseguiu – mais uma vez – dar uma lição de péssimo jornalismo, com a falta de ética básica para uma reportagem e contribuiu para reforçar os problemas do ensino da história no país. Será que “liberdade de imprensa” significa: “eu tenho o direito de escrever qualquer coisa, sobre qualquer assunto” ??? Afinal, um mito se descontrói com análise e reflexão, coisa que os jornalistas da Veja não tiveram capacidade de fazer. 
Para os críticos da revista, nenhuma novidade; para seus leitores assíduos e defensores intransigentes, um atestado de alienação, pois passaram a semana vomitando os argumentos lidos, sem a capacidade crítica de pensarem por si só. Não é de hoje que parcela significativa da “grande imprensa” (sic) aposta da despolitização e na alienação de amplos setores da sociedade. 

Porque uma revista deveria contribuir para o povo refletir?, Não, é mais interessante contar a verdade pronta, para que as pessoas apenas repitam. Ao voltarmos para as salas de aula, podemos resgatar com nossos alunos o papel do jornal O Estado de S Paulo na República Velha, ou da Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda para a crise do populismo e ainda sua importância para o golpe militar de 64.
Por: Claudio Recco - coordenador do HISTORIANET

terça-feira, outubro 9

Trajetória percorrida para a incorporação das mulheres nos estudos históricos

A história tradicional cedeu progressivamente espaço a novas abordagens e objetos, contexto no qual se insere a história das mulheres. Importante também para o pensamento marxista, é efetivamente com a Nova História francesa, sobretudo nos anos 60, que a história das mulheres começa a ganhar corpo. Esse movimento, obviamente, não ocorre isolado da forte retomada do movimento feminista, agora no contexto dos "novos movimentos sociais"(1) que marcaram as várias revoluções comportamentais da década. Com a Nova História várias temáticas "como por exemplo, a infância, a morte, a loucura, o clima, os odores, a sujeira e a limpeza, os gestos, o corpo (...), a feminilidade"(2) passaram a ser vistas como possíveis objetos da história e as mulheres encaradas como sendo também sujeitos da história. Em alguns momentos da história da educação brasileira algumas políticas públicas rompem com os vínculos diretos entre o que se ensina na escola e a produção histórica específica, estimulando a formação de docentes para reproduzir um saber desvinculado das discussões acadêmicas, voltado prioritariamente para a legitimação de situações político-sociais que dependem da passividade ou adesão acrítica dos cidadãos. Apesar desses momentos de predominância oligárquica e / ou ditatorial, permanecem as lutas de professores / historiadores para aproximarem o ensino de História das questões, das abordagens e dos temas desenvolvidos pela pesquisa teórica e científica, que tem uma dinâmica de sintonia – ainda que não imediata ou desprovida de problemas - com demandas sociais.

Mas, como democratizar a sociedade, colocando em pauta a questão dos direitos das mulheres, formar cidadãs que tenham consciência do seu papel na sociedade, se na escola ela sempre estudou uma "história masculina", na qual os sujeitos são sempre homens? Afinal, as mulheres nunca se viram como sujeito na História ensinada; já dizia Simone de Beauvoir, numa frase da década de 1950, bastante citada nos estudos sobre esse tema, que a mulher não nasce mulher, mas torna-se mulher conhecendo a sua história. A educação escolar antigamente era apenas para a elite da população e para tanto os conteúdos das disciplinas deveriam atender à formação dessa elite, com exaltação de heróis, a idéia de "pobres bandoleiros", e de que só uma pessoa rica e estudada pode chegar ao poder, governar. No entanto, a educação se universalizou, as classes populares passaram a ter acesso a escola e começaram a ser formadas a partir dos mesmos moldes desenvolvidos para educar a elite, isso não poderia, realmente, dar certo. Para formar o "povo" é necessário incluí-lo na história e não educá-lo numa escola que reforça e legitima a sua exclusão da história. As pessoas precisam estudar uma história que as faça perceber-se parte do todo e não um mero figurante no processo histórico (3).

(1) - HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Porto Alegre: DP&A, 1998, p.23.

(2) - BURKE, Peter. A escrita da História: novas perspectivas. SP: UNESP, 1992, p. 11.

(3) - FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas, SP: Papirus, 2003, p.32.

domingo, outubro 7

FORTALEZA / CEARÁ / BRASIL

Voce que vem passear em Fortaleza/Ceará/ Brasil, pode escolher curtir a balada na semana toda!

A equipe de 'VEJA Fortaleza' selecionou uma ótima opção para sair à noite em cada dia da semana, de segunda-feira a domingo. Confira abaixo, na relação das melhores barracas de praia. Para maiores informações, basta clicar em cada um dos tópicos relacionados:

Em Fortaleza/Ceará tem as melhores opções noturna. Confira na tabela abaixo:

sábado, outubro 6

Quem lidera melhor? O homem ou a mulher? (Referência)

Então amigos que visitam o meu blog..., Obrigada e sejam bem vindos!

O artigo discriminado "Quem lidera melhor? O homem ou a mulher?" foi extraído de um paper exposto na "Gazeta Mercantil - escrito por Marcelo Monteiro (São Paulo, 5 de Outubro de 2007)".

Na ocasião a notícia circulou na Gazeta Mercantil a divulgação de que: A consultora americana Lois Frankel, presidente da Corporate Coaching é categórica, ao afirmar, que, já faz algum tempo, as mulheres colocaram os pés no mercado de trabalho. Começaram guiando táxis e ônibus e hoje dirigem os destinos de algumas das maiores empresas do planeta, comandando cidades, estados e até países". Segundo a pesquisa, durante muitos séculos, enquanto os homens dominavam, incontestes, as empresas e organizações, essa dúvida (Quem lidera melhor? O homem ou a mulher?) sequer existiu. Porém, as mulheres deram um salto à frente e conquistaram o espaço que, antes se atribuia somente aos homens e, com isso, a reviravolta que se vivencia na atualidade.


sexta-feira, outubro 5

Quem lidera melhor? O homem ou a mulher?

A consultora americana Lois Frankel, presidente da Corporate Coaching International, não tem dúvidas. Aliás, tem tanta certeza que escreveu o livro Mulheres lideram melhor que homens, publicado recentemente pela Editora Gente. No livro, ela descreve algumas qualidades essenciais de um bom líder - como alta inteligência emocional e capacidade de influência -, classificando-as como marcas próprias das mulheres, o que as torna naturalmente líderes. "Quer pela prática natural, quer pela educação, as competências femininas (...) representam apenas alguns comportamentos que as qualificam a ocupar postos importantes de liderança", escreve, em um trecho.

Para Daniele Mendonça, gerente de negócios da Across Consultoria, ninguem pode ser considerado melhor líder, levando-se em consideração apenas o fato de ser homem ou mulher. Para a consultora, que também atua como psicoterapeuta, a cultura e o modo de vida atuais trazem para homens e mulheres visões diferenciadas de mundo e, desta forma, decisões e resultados que também pode ser diferentes. "Não tem a ver com ser competente ou incompetente pelo fato de ser homem ou mulher. Mas, sim, tem a ver com o fato de ser homem ou mulher no mundo contemporâneo, o que traz visões de mundo diferentes para cada gênero." 

Segundo Daniele, o contexto cultural e de formação, desde quando são crianças, faz com que os dois gêneros enxerguem os seus papéis de forma diferenciada. Os meninos, quando pequenos, são estimulados a exercitarem seu lado prático, montando carrinhos e brinquedos, o que exige organização e espírito prático. As meninas, por sua vez, têm estimulado o seu lado afetivo e carinhoso e, quando correspondem, são elogiadas por isso. "As mulheres têm uma forma muito intuitiva de olhar o mundo, de entender como as pessoas se relacionam."


Polêmicas e discussões concentuais à parte, os números mostram que a presença das mulheres em cargos de liderança vem aumentando em todos os círculos. Conforme pesquisa realizada pela Catho e divulgada por Marcelo Monteiro na Gazeta Mercantil, o total de mulheres contratadas para presidências, vice-presidências, diretorias, gerências e outros níveis ligados a coordenação e comando aumentou de forma expressiva nos últimos anos. 

Em 2000 e 2001, 13,8% dos executivos contratados para ocupar a presidência de empresas eram mulheres. Já em 2006 e 2007, o percentual subiu para 20,17%. Para os cargos de coordenação, o número saltou de 40,6% em 2000 e 2001 para 51,5% em 2006 e 2007. No Banco Real, as mulheres são hoje a metade do total de funcionários. Na Basf, que mantém um programa de incentivo à diversidade em seus quadros, o número de mulheres subiu de 18% em 2004 para 22,5% em 2007. Entre as posições de liderança, a participação feminina subiu de 12,5% para 18% no mesmo período. Ao que tudo indica, na opinião das empresas, Lois Frankel parece ter alguma razão.

Educação Brasileira - Consertos e Remendos

Nos últimos dias, foi grande a polêmica sobre os piores cursos de direito do país, uma lista de 37 faculdades que tiveram resultados muito ruins em dois "testes" de avaliação de qualidade de ensino, um o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) e o segundo, o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. A listagem, elaborada pelo próprio Ministério da Educação, é um retrato constrangedor e depressivo da situação do ensino superior no país. Esses 37 cursos de direito estão, em sua grande maioria, localizados nos dois Estados mais ricos do Brasil e formam um batalhão de quase 4 mil alunos por ano. No exame da OAB, nem 10% dos estudantes dessas faculdades conseguiram ser aprovados. No caso de cinco escolas, nenhum dos alunos que fizeram a prova da OAB conseguiu passar.

Depois da divulgação dos dados do MEC, várias universidades procuraram defender seus cursos, em geral com explicações pífias.Nas páginas de negócios dos jornais e revistas, as escolas também têm chamado a atenção, nesse caso pela decisão de vários donos de universidades de profissionalizar sua gestão e partir para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês, que já foi incorporada ao jargão do mercado financeiro brasileiro) ou para a venda pura e simples da empresa. Parece ser um processo irreversível, como aconteceu com outros segmentos econômicos, como o da construção civil. Mas que, no caso da educação, levanta questões críticas - até onde os administradores de uma universidade ou de um colégio podem ir em termos de redução de custos e otimização de recursos sem afetar a qualidade do ensino? É possível mesmo trocar aulas ao vivo por ensino à distância - cujo custo é muito menor - de forma que os alunos aprendam e não apenas decorem fórmulas e conceitos?As informações sobre os cursos de direito e sobre fusões e IPOs entre universidades mostram que o tema da educação se tornou ainda mais importante do que já era há alguns anos, ganhando novas dimensões.

O Brasil venceu recentemente a barreira da universalização do ensino - ou está bem próximo disso -, mas continua muito longe de oferecer educação de qualidade para a esmagadora maioria das crianças e dos jovens. Se não fosse por outras razões, essas já seriam boas justificativas para o lançamento, pela editora Rocco, de uma nova edição, revista, de "Educação Brasileira - Consertos e Remendos", do economista, consultor e escritor Claudio de Moura Castro, que há anos se dedica a estudar os problemas da educação no país. Ex-chefe da divisão de programas sociais do Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre outros cargos que exerceu no setor público, há anos ele bate na tecla da necessidade de dar prioridade à educação, em especial ao ensino básico, que hoje - como há muito ocorre - perde para as universidades na divisão do bolo das verbas governamentais.

Neste livro, ele reúne artigos publicados originalmente na imprensa e comenta, no prefácio para essa segunda edição, que pouco mudou desde 1993, quando "Educação Brasileira" foi lançado. Um dos capítulos da obra, "As Trapalhadas do Ensino Superior", trata, como deixa claro seu título, dos muitos problemas das universidades no país, a começar pelo sistema adotado há bastante tempo pelo governo federal, segundo o qual existe basicamente um modelo único para as universidades e faculdades de todo o país, independentemente da região onde estão localizadas, das suas características de instalação e equipamentos de ensino disponíveis. Essa opção de governo engessou de tal forma o ensino superior que todos cursos superiores no país têm que se dedicar tanto ao ensino quanto à pesquisa. O que contraria o modelo seguido pelos países onde a pesquisa acadêmica mais avança, como nos Estados Unidos e na Europa.

Para Moura Castro, a saída para o impasse vivido pelo ensino universitário no país é a diversidade, é permitir que haja modelos diferenciados de escolas, é sancionar a concorrência entre as escolas. Para isso, ele defende que devem ser seguidos e reforçados três princípios fundamentais para o modelo do ensino superior ser bem sucedido no país: transparência (os alunos precisam saber o que cada faculdade oferece e a que custo), disponibilidade de informações sobre a qualidade de ensino e a adoção de um marco regulatório. No caso dos dois primeiros princípios, é uma receita que se aproxima dos mandamentos sugeridos às companhias que estão em processo de abertura de capital ou à procura de sócios, reforçando a tendência de as escolas se tornarem, cada vez mais, empresas, com todas as implicações, tanto negativas, como positivas, desse processo.O livro não debate, claro, apenas a situação do ensino universitário. Mas é nesse extrato que estão ocorrendo mais rapidamente mudanças estruturais nas empresas que controlam escolas.

Livro: Educação Brasileira - Consertos e Remendos - Nova edição revista - Editora Rocco.

quinta-feira, outubro 4

Me orgulho de ser cearense, apesar de... (segunda parte)

A civilização do couro - As condições naturais da região sertaneja do meu Ceará, tiveram um papel importante na ocupação do território. Desde o século XVII, o sertão tornou-se um grande pasto natural, embora a água fosse escassa, a terra era vasta e plana. Toda sua produção de carne e couro era consumida na Colônia, chegando aos centros mais distantes por meio das tropas de abastecimento. A vastidão do território e a utilização de pouca mão-de-obra para tocar a produção proporcionaram a criação de uma cultura regional bastante diferente da litorânea, conhecida como "cultura sertaneja" ou "civilização do couro".


As secas, embora sendo um fenômeno natural, afetavam a vida dos habitantes da região e, por isso, também são considerados acontecimentos históricos. Algumas delas tiveram destaque maior devido à sua intensidade, às medidas adotadas em relação ao problema ou ao seu resgate pela literatura. São os casos das estiagens de 1791 a 1793, de 1877 a 1880, de 1915, de 1932 e de 1979.


Em função das secas no sertão, formou-se a idéia de que a região era um problema nacional e que, para solucioná-lo, necessitava-se do envolvimento de todo o país. Tal preocupação, porém, tem uma história particular, marcada pelos interesses econômicos da nossa elite nordestina. Com o declínio na produção do Nordeste, no final do século XIX, as elites usaram a seca como desculpa para garantir a continuidade dos investimentos públicos e privados na região.


Todos estes acontecimentos fizeram com que os nossos sertanejos, não alheios à própria história, partissem em busca de respostas para as difíceis condições em que viviam. Além do trabalho e da migração na busca de sobrevivencia, eles também se expressaram por meio de movimentos messiânicos – como o de Canudos (1897) e o de Juazeiro do Norte (1872 a 1924) –, do cangaço e da organização dos camponeses.

Me orgulho de ser cearense, apesar da seca e de outros graves problemas na Região

A seca no sertão nordestino é um grave problema nacional. Mas a situação nem sempre foi assim. Nos três primeiros séculos da História do Brasil, o Nordeste era o centro da produção açucareira e a região mais rica e povoada do imenso território. A partir do final do século XIX, sua economia estagnou-se. A seca inscreve-se nesse quadro. Embora sempre tenha afetado o sertão, esse fenômeno natural foi agravado pelo tipo de ocupação aqui predominante, que acentuou a devastação da natureza. A falta de políticas públicas específicas para a região, desde os tempos do Brasil Colônia, tem aprofundado o problema. Alguns fatos que proporcionam: no Nordeste, os salários são mais baixos do que no restante do país, a renda e a riqueza concentram-se nas mãos de poucos, a subnutrição atinge altos níveis e, periodicamente, milhares de pessoas deixam a região fugindo das secas. Em 1920, viviam no Nordeste 37,7% dos brasileiros; em 1991, esse número caiu para 28,9%, apesar de a taxa de natalidade ser maior aqui do que no restante do país. Milhares de pessoas migraram em busca de melhor qualidade de vida.

quarta-feira, outubro 3

Escolhas...Liberdade...


"Quando eu te escolhi para morar junto de mim, eu quis ser sua alma, ser seu corpo, tudo enfim... Mas, compreendo que além de dois, existem mais... Amor só dura em liberdade... O ciúme é só vaidade... Sofro, mas eu vou te libertar"(Raul Seixas)

uma frase que, à primeira vista é muito mais complexa do que parece. Porque,  Liberdade para o amor é deixar viver, respeitar o outro, respeitar a si mesmo, respeitar os limites de cada um... 
Será que é fácil ou é mais difícil do que parece ser?,