sexta-feira, agosto 31

Mulheres são maioria em universidades, mas faltam vagas

Apesar da diminuição das desigualdades de gênero e predominância de mulheres nas universidades, elas continuam recebendo menos que os homens. Os dados são do 3º Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM (Objetivos do Desenvolvimento do Milênio), divulgado nesta quarta-feira (29) pela Presidência da República. Segundo o relatório, as mulheres têm mais acesso que os homens nos três níveis de escolaridade: fundamental, médio e superior e, quanto mais se avança na escala de escolaridade, maior a proporção de mulheres entre os estudantes. A diferença se acentua na chegada à universidade, onde o número de mulheres é 30,8% maior que o de homens. Os dados utilizados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2005. Entretanto, o avanço educacional não garante a entrada das m ulheres no mercado de trabalho e o acesso a salários iguais aos dos homens que ocupam a mesma posição. Em 2005, 74,3% dos homens com dez anos de idade ou mais trabalhavam ou estavam à procura de emprego, enquanto 52,9% das mulheres estavam nesta situação. Na esfera política, o número de mulheres eleitas para o Congresso Nacional e para o Poder Executivo aumentou nos últimos anos, mas o Brasil ainda ocupa o 67º lugar entre 115 países avaliados num ranking de participação política feminina elaborado pelo Fórum Econômico Mundial em 2006. Dos 513 deputados da Câmara, por exemplo, apenas 45 são mulheres, menos de 10% do total. Em contrapartida, cresceu o número de magistradas na Justiça brasileira e pela primeira vez, uma mulher assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal, a ministra Ellen Gracie, que ocupa o posto desde 2006. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres é um dos oito ODMs, que foram lançados em 2000 durante a Cúpula do Milênio das Nações Unidas, com a adesão de 189 países, entre os quais o Brasil.
Fonte: Clipping Educacional - 30/08/2007 11:16h

terça-feira, agosto 21

Florbela Espanca merece ser conhecida mais do que é!

Fanatismo
"Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tú és como Deus: Princípio e fim..."

sexta-feira, agosto 17

E ja que em Portugal o Ensino da História está deixando a desejar...algumas dicas de como estudar a História não é mau!

Umas dos sistemas mais velhos do que o próprio papel é o caderno de apontamentos, e por isso, é ainda muito útil, sobretudo se for utilizado para criar fichas. Tanto serve para transcrever passagens de livros ou artigos de revistas, como para tirar apontamentos das aulas. Porém, deve-se ter em conta algumas regras para se aproveitar ao máximo o caderno de apontamentos:


1) Escrever unicamente na página direita e de um só lado da folha: a página da esquerda fica livre para pequenos apontamentos pessoais. A folha deve ter uma linha vertical com um mínimo de três centímetros da margem direita, mas pode ser a meio da página.




2) Use sempre que possível, cadernos com lombada em vez dos com espirais: permitem arrumar os cadernos como livros nas estantes, podendo ser encontrados por leitura da lombada. Porém, caso não encontre cadernos nestas condições, há métodos de criar cadernos com lombadas, como sejam a encadernação a quente de folhas soltas, ou a junção das folhas soltas por meio de "baguetes", que as há tanto com bordo redondo como com bordo direito.


3) Quanto ao tipo de cadernos pautados a utilizar: quadriculados ou lisos, é uma questão de gosto. Os cadernos pautados tendem a ser os mais limpos, porque obrigam a uma maior disciplina de escrita, e não são bons para serem desenhados. Os cadernos de folhas lisas são mais arejados mas, sobretudo para os estudantes, tem tendência a serem profusamente "ilustrados" e as notas estão longe se ser escritas em linhas rectas e paralelas. Os quadriculados servem para tudo.


4) Em relação as anotações que fazemos das aulas: devemo-nos lembrar que não estamos a tirar um curso de estenografia, mas a tentar absover o que o professor tem para nos dizer, sobre a matéria que está a ser dada na aula. Lembre-se que o fundamental não é escrever tudo o que o professor diz, mas o essencial do que o professor disse. Aqui está a dificuldade. As notas não deve ser tiradas escrevendo continuamente. Devem ser escritas em seções curtas, e deixando espaços entre eles para se poder escrever neles mais tarde, completando coisas que nos escaparam e que mais tarde nos lembramos, seja porque o professor falou novamente no assunto, na própria aula ou numa posterior, ou pelo nosso próprio estudo. Podem servir para se dar títulos às seções - de acordo com os sumários das aulas, por exemplo. Se, quando se reler as notas, houver dúvidas, é preciso acabar com elas rapidamente, pedindo ao professor, na aula seguinte, para explicar o que afirmou e que se não percebeu, ou se transcreveu mal. O professor não fará mais que a obrigação dele, e possivelmente fica-se a compreender de vez o ponto abordado. Isto implica uma leitura dos apontamentos antes da aula seguinte.



5) É fundamental que nos apontamentos se reescreva o menos possível, porque é tempo muitas vezes mal gasto. Para isso é que é bom ter o caderno dividido em duas partes iguais. A divisão permite completar, na coluna da direita, o que se escreveu na coluna da esquerda, devido ao estudo, assim como para melhorar o que se escreveu, além de outras questões.


6) Outra ação importante é não esquecer que quando se está a copiar um livro ou um artigo, deve-se começar por fazer a ficha bibliográfica no começo da cópia. Deve-se evitar as transcrições demasiado longas, sendo preferível resumos ou mesmo sínteses, mas tudo depende do que se pretende com a leitura. As reflexões pessoais são importantes, mesmo que nos possam fazer corar uns anos mais tarde. Também , não se esqueçam que é essencial separar as transcrições das paráfrases e das notas pessoais. As transcrições devem estar escritas entre "aspas". As anotações pessoais entre [colhetes]. Não esquecer que , caso esteja a escrever o trabalho e houver alguma espécie de dúvida sobre o que é transcrição e o que é nota, então a ficha não serviu para nada porque, para a utilizar, tem que se confirmar o que se escreveu nela confrontando com o original. E se não se puder confirmar, refaça suas filhas de leituras.


7) Procure sempre deixar de 2 a 4 folhas livres no princípio do caderno para criar um índice, enquanto se vai tirando os apontamentos, e numerem as folhas frontais (ou da direita). Os números serão Nf (N= nº da folha, f = de frente) e Nv (N = nº, v = de verso).

Portugal: Exames nacionais do Secundário, a média dos alunos internos a Matemática foi positiva e a História foi negativa.

O valor médio das notas dos estudantes que frequentam a disciplina ao longo do ano, afixadas ontem, chegou aos 10,6 valores, havendo apenas 18 por cento de reprovações. Pelo contrário, as notas de Física e Química voltaram a desiludir.

Quando somados os alunos que se propõem a fazer exame, a média de Matemática desce até ao limiar da negativa, fixando-se em 9,4 valores. Mas ainda assim houve uma subida de dois pontos em relação a 2006. Apesar de alunos e professores terem achado as provas acessíveis, o que foi enfatizado pela Sociedade Portuguesa de Matemática, o Ministério da Educação nega ter dado indicações para facilitar as provas.

Questionada pelo CM, a ministra da Educação garantiu que “não houve nem pode haver qualquer indicação nesse sentido”. “As equipas que fazem os exames são as mesmas e não tive nota de nenhuma sociedade ou associação de professores que se tivesse manifestado dizendo que as provas eram mais fáceis. O que registei foi a manifestação de que as provas eram adequadas e de melhor qualidade”, acrescentou.

Realçada por Maria de Lurdes Rodrigues foi a importância do aumento da duração dos exames, “que acabou por ter efeito nestes resultados, permitindo aos alunos responder de forma mais tranquila”. Foi com um sorriso que a ministra anunciou, após a tomada de posse do Conselho das Escolas, que “os resultados são significativamente melhores que no ano anterior”. Nas 35 disciplinas, a média dos alunos internos foi positiva em 28. Segundo a ministra, “nas Humanidades os resultados são positivos, com excepção da História”, que, apesar da negativa, subiu um ponto. Em Português, por exemplo, só cinco por cento dos alunos da 1.ª fase chumbaram, sendo a média dos internos e externos 10,8.

Entre as más notícias, destacou “a persistência de um problema no ensino das Ciências”, patente no facto de um terço de negativas no exame de Física e Química A. Na Escola Secundária Padre António Vieira, em Lisboa, antes das 09h00 os alunos esperavam pelos resultados. “Apesar de o Ministério dizer que temos que publicar as pautas durante o dia, afixamo-las entre as 09h30 e as 10h00 porque os estudantes estavam à espera”, disse ao CM Pedro Botas, vice-presidente do conselho directivo. Contra a tendência geral, foi a Matemática que provocou dores de cabeça a Pedro Ferreira, da Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria. “Os outros exames correram bastante bem mas a Matemática estragou-me o ano”, disse o aluno (Fonte: Diana Ramos com C.V. e S.R./ Correio da Manhã).

quinta-feira, agosto 16

Resenha - 3º Capítulo - Livro "Didática" do Profº. Libâneo

Neste capítulo, o autor aborda, em especial, os vínculos da didática com os fundamentos educacionais, explicita seu objetivo de estudar e relacionar os principais temas da didática indispensáveis para o exercício profissional.


A didática como atividade pedagógica escolar
Sabedores que a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social, a didática coloca-se para assegurar o fazer pedagógico na escola, na sua dimensão político, social e técnica, afirmando daí o caráter essencialmente pedagógico desta disciplina. Define assim a didática como mediação escolar entre objetivos e conteúdos do ensino, além de mais alguns termos fundamentais nesta estruturação escolar, tipo: a instrução como processo e o resultado da assimilação sólida de conhecimentos; o currículo como expressão dos conteúdos de instrução; e a metodologia como conjunto dos procedimentos de investigação quanto a fundamentos e validade das diferentes ciências, sendo as técnicas recursos ou meios de ensino seus complementos.


Sintetizando, os temas fundamentais da didática são:
1. Os objetivos sócio-pedagógicos;
2. Os conteúdos escolares;
3. Os princípios didáticos;
4. Os métodos de ensino aprendizagem;
5. As formas organizadas do ensino;
6. Aplicação de técnicas e recursos;
7. Controle e avaliação da aprendizagem;
8. Objetivo de estudo: o processo de ensino

Sem dúvida, o objetivo do estudo da didática é o processo de ensino. Conforme o autor, podemos definir o processo de ensino como uma seqüência de atividades do professor e dos alunos tendo em vista a assimilação de conhecimentos e habilidades. O Profº. Libâneo destaca a importância da natureza do trabalho docente como a mediação da relação cognoscitiva entre o aluno e as matérias de ensino. Ainda coloca que ensinar e aprender são duas facetas do mesmo processo, que se realiza em torno das matérias de ensino sob a direção do professor.

Os componentes do processo didático
Sendo influenciado por condições internas e externas, o ensino, por mais simples que pareça, envlve uma atividade complexa. Conhecer estas condições é fator fundamental para o trabalho docente. A situação didática em sala de aula esta sujeita também a determinantes econômico-sociais e sócio–culturais, afetando assim a ação didática diretamente. Assim sendo, o processo didático está centrado na relação entre ensino e aprendizagem.

Podemos daí determinar os elementos constitutivos da Didática: 1. Conteúdos da matérias; 2. Ação de ensinar; 3. Ação de aprender.

Quanto ao desenvolvimento histórico da Didática e tendências pedagógicas - O autor afirma que a didática e sua história estão ligadas ao aparecimento do ensino. Desde a Antigüidade clássica ou no período medieval já temos registro de formas de ação pedagógicas em escolas e mosteiros. Entretanto, a didática aparece em obra em meados do século XVII, com João Amos Comenio, ao escrever a primeira obra sobre a didática "A didática Magna", estabelecendo na obra alguns princípios como: A finalidade da educação é conduzir a felicidade eterna com Deus. O homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural, isto é, de acordo com suas características de idade e capacidade. A assimilação dos conhecimentos não se da de forma imediata. O ensino deve seguir o curso da natureza infantil; por isto as coisas devem ser ensinadas uma de cada vez.

Já mais adiante, Jean Jacques Rousseau (1712-1778) propôs uma nova concepção de ensino, baseado nas necessidades e interesses imediatos da criança. Porém, este autor não colocou suas idéias em prática, cabendo mais adiante a outro pesquisador faze-lo, Henrique Pestalozzi (1746-1827), que trabalhava com a educação de crianças pobres. Estes três teóricos influenciaram muito Johann Friedrich Herbart (1776-1841), que tornou a verdadeira inspiração para pedagogia conservadora, determinando que o fim da educação é a moralidade atingida através da instrução de ensino. Estes autores e outros tantos formam as bases para o que chamamos modernamente de Pedagogia Tradicional e Pedagogia Renovada.


Em relação às tendências pedagógicas no Brasil e a Didática - O Professor Libâneo expõe que nos últimos anos, no Brasil, vêm sendo realizados muitos estudos sobre a história da didática no nosso país e suas lutas, classificando as tendências pedagógicas em duas grandes correntes: as de cunho liberal e as de cunho progressivista. Estas duas correntes têm grandes diferenças entre si. A tradicional vê a didática como uma disciplina normativa, com regras e procedimentos padrões, centrando a atividade de ensinar no professor e usando a palavra (transmissão oral) como principal recurso pedagógico. Já a didática de cunho progressivista é entendida como direção da aprendizagem, o aluno é o sujeito deste processo e o professor deve oferecer condições propícias para estimular o interesse dos alunos por esta razão os adeptos desta tendência dizem que o professor não ensina; antes, ajuda o aluno a prender. Também temos aqui colocado pelo autor as tendências principais desta evolução e suas principais publicações na época. Outossim, vimos que as tendências progressivas só tomaram força nos anos 80, com as denominadas "teorias críticas da educação". O autor lista, ainda, as várias divisões destas duas tendências e explica suas diferenças vitais.

A Didática e as tarefas do professor
O modo de fazer docente determina a linha e a qualidade do ensino, traça-se aqui, pelo autor, os principais objetivos da atuação docente: Assegurar ao aluno domínio duradouro e seguro dos conhecimentos; Criar condições para o desenvolvimento de capacidades e habilidades visando a autonomia na aprendizagem e independência de pensamento dos alunos; Orientar as tarefas do ensino para a formação da personalidade. Estes três itens se integram entre si, pois a aprendizagem é um processo.

Depois, o autor levanta os principais pontos do planejamento escolar: Compressão da relação entre educação escolar e objetivo sócio-políticos; Domínio do conteúdo e sua relação com a vida prática; Capacidade de dividir a matéria em módulos ou unidades; Conhecer as características sócio-culturais e individuais dos alunos; Domínio de métodos de ensino; Conhecimento dos programas oficiais; Manter-se bem informado sobre livros e artigos ligados a sua disciplina, além dos fatos relevantes.


Já a direção do ensino e aprendizagem requer outros procedimentos do professor, tais como: Conhecimento das funções didáticas; Compatibilizar princípios gerais com conteúdos e métodos da disciplina; Domínio dos métodos e de recursos tauxiares; Habilidade de expressar idéias com clareza; Tornar os conteúdos reais; Saber formular perguntas e problemas; Conhecimento das habilidades reais dos alunos; Oferecer métodos que valorizem o trabalho intelectual independente; Ter uma linha de conduta de relacionamento com os alunos e Estimular o interesse pelo estudo.

Para a avaliação os procedimentos são outros por parte do professor: Verificação continua dos objetivos alcançados e do rendimento nas atividades ; Dominar os meios de avaliação diagnóstica e conhecer os tipos de provas e de avaliação qualitativa. Estes requisitos são necessários para o professor poder exercer sua função docente frente aos alunos e institutos em que trabalha. Por isto, o professor, no ato profissional, deve exercitar o pensamento para descobrir constantemente as relações sociais reais que envolvem sua disciplina e a sua inserção nesta sociedade globalizada, desconfiando do normal e olhando sempre por traz das aparências, seja do livro didático ou mesmo de ações pré-estabelecidas.

quarta-feira, agosto 15

Avaliação: Parecer critica proposta de lei em Portugal

O Conselho Nacional de Educação (CNE) volta a criticar uma proposta do Governo sobre o Ensino Superior. Desta vez, os conselheiros rejeitam a criação de rankings das universidades e politécnicos.


O CNE já elaborou, desde Janeiro, quatro pareceres sobre a reforma do sistema do Ensino Superior em Portugal. Em todos os documentos, os conselheiros têm enumerado diversas críticas às propostas do Governo. Na apreciação às orientações para a reforma do Superior, em Abril, o CNE propõe que às universidades e politécnicos seja dada a “liberdade de definir a composição dos seus órgãos”.

Quanto à proposta de as instituições poderem adoptar o modelo de fundação, o CNE levanta dúvidas em relação ao sector público, por não existirem “fundações sem património”. Já sobre o regime jurídico para a Agência de Avaliação e de Acreditação para o Ensino Superior, o parecer do CNE critica a omissão quanto ao órgão com competência para fixar os custos das avaliações, a “intromissão desnecessária e abusiva” da Agência de Avaliação na autonomia dos estabelecimentos, ao poder acompanhar as iniciativas de avaliação tomadas pelas instituições junto de outros organismos, e a falta de garantia de independência da futura Agência em relação ao Governo, sugerindo outras soluções menos governamentalizadas.



O QUE É O CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO


O Conselho Nacional de Educação (CNE) foi criado em 1982, como órgão de consulta do ministro da Educação e Universidades. A missão era propor medidas que garantissem a adequação do sistema educativo ao interesse dos cidadãos.


Compete ao CNE, por iniciativa própria ou em resposta a solicitações que lhe sejam apresentadas pela Assembleia da República e pelo Governo, emitir opiniões, pareceres e recomendações sobre todas as questões educativas.


O CNE é composto por 68 membros, sendo o presidente eleito pelos deputados. Tem representantes dos grupos parlamentares, comissões de desenvolvimento regional, municípios, pais, professores e instituições do Superior (Edgar Nascimento - 2007-08-14 - Jornal "Correio da Manhã").

sexta-feira, agosto 10

Segundo capítulo da resenha do livro "Didática" do Professor Libâneo

CAPÍTULO 02 - Didática e Democratização do Ensino


Neste capítulo, continua a discussão colocada no capítulo anterior, sobre a democratização do ensino e a importância de oferecer este de qualidade e a toda sociedade. Inicia com a colocação que a participação ativa na vida social é o objetivo da escola pública, o ensino é colocado como ações indispensáveis para ocorrer à instrução. Levanta e responde algumas perguntas envolvendo a escolarização, qualidade do ensino do povo e o fracasso escolar, fala também da Ética como compromisso profissional e social.

A Escolarização e as lutas democráticas

Realmente a escolarização é o processo principal para oferecer a um povo sua real possibilidade de ser livre e buscar nesta mesma medida participar das lutas democráticas, o autor endente democracia como um conjunto de conquistas de condições sociais, políticas e culturais, pela maioria da população para participar da condução de decisões políticas e sociais. Libâneo, (1994, 35) cita Guiomar Namo de Mello: "A escolarização básica constitui instrumento indispensável à construção da sociedade democrática", fala também dos índices de escolarização no Brasil, mostrando a evasão escolar e a repetência como graves problemas advindos da falta de uma política pública, de igualdade nas oportunidades em educação, deixando como resultado um enorme número de analfabetos na faixa de 5 a 14 anos. A transformação da escola depende da transformação da sociedade, afirma Libâneo, e continua dizendo que a escola é o meio insubstituível de contribuição para as lutas democráticas.

O Fracasso escolar precisa ser derrotado

Nessa parte, o autor fala mais detalhadamente deste grave problema do nosso sistema escolar, detalha gráficos que apontam para um quadro onde a escola não consegue reter o aluno no sistema escolar. Aponta muitos motivos para isto, mas considera, como principal, a falta de preparo da organização escolar, metodológica e didática de procedimentos adequados ao trabalho com as crianças pobres. Isto acontece devido aos planejamentos serem feitos prevendo uma criança imaginada e não a criança concreta, aquela que esta inserida em um contexto único. Somente o ingresso na escola pode oferecer um ponto de partida no processo de ensino aprendizagem.

Levanta, também, neste capítulo, outros fatores como dificuldades emocionais, falta de acompanhamento dos pais, imaturidade, entre outros. Cita aqui David Ausubel que afirma que o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já conhece, complementa dizendo que o professor deve descobri-lo e basear-se nisto em seus ensinamentos.

As tarefas da escola pública democrática

Todos sabemos da importância do ensino de primeiro grau para formação do indivíduo, da formação de suas capacidades, habilidades e atitudes, além do seu preparo para as exigências sociais que este indivíduo necessita, dando a ele esta capacidade de poder estudar e aprender o resto da vida. O autor lista as tarefas principais das escolas públicas, entre elas, destacam-se: Proporciono de escola gratuita pelos primeiros oito anos de escolarização; Assegurar a transmissão e assimilação dos conhecimentos e habilidades; Assegurar o desenvolvimento do pensamento crítico e independente; Oferecer um processo democrático de gestão escolar com a participação de todos os elementos envolvidos com a vida escolar.

O compromisso social e ético dos professores

O primeiro compromisso da atividade profissional de ser professor (o trabalho docente) é certamente de preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho e na vida cultural e política. O trabalho docente visa também a mediação entre a sociedade e os alunos. Libâneo afirma que, como toda a profissão, o magistério é um ato político porque se realiza no contexto das relações sociais.

quinta-feira, agosto 9

Ser positivo...é a melhor solução para tudo se resolver

Nunca se deixe dar como vencido, lembre que todas as pedras do caminho nos ensinam algo que temos que aprender, é caindo que se levanta! Erga a cabeça que Deus lhe dará a vitória.

quarta-feira, agosto 8

Primeiro capítulo da resenha do livro "Didática" do Professor José Carlos Libâneo

CAPÍTULO 01 - Prática educativa, Pedagogia e Didática

O autor começa o tema situando a didática no conjunto dos conhecimentos pedagógicos, demonstrando a fundamental importância do ato de ensinar na formação humana para vivermos em sociedade. Neste capítulo, o autor aborda a prática educativa em sociedade, a diferença entre a educação, instrução e ensino; a educação, o escolar, pedagogia e didática, e a didática e sua importância na formação dos professores.


Prática educativa e sociedade


Os professores são parte integrante do processo educativo, sendo importantes para a formação das gerações e para os padrões de sociedade que buscamos. Neste subtítulo, o autor situa a educação como fenômeno social universal determinando o caráter existencial e essencial da mesma. Estuda também os tipos de educação, a não intencional, refere-se a influências do contexto social e do meio ambiente sobre os indivíduos. Já a intencional refere-se àquelas que têm objetivos e intenções definidos. A educação pode ser também, formal ou não-formal, dependendo sempre dos objetivos. A educação não-formal é aquela realizada fora dos sistemas educacionais convencionais, e a educação formal é a que acontece nas escolas, agências de instrução e educação ou outras.


Libâneo também relata o papel social da educação e como seus conteúdos objetivos são determinados pelas sociedades, política e ideologia predominantes. Fala desta relação importante da educação com os processos formadores da sociedade "desde o início da historia da humanidade, os indivíduos e grupos travavam relações recíprocas diante da necessidade de trabalharem conjuntamente para garantir sua sobrevivência" (Libâneo, 1994, p.19).O autor considera estas influencias como fatores fundamentais das desigualdades entre os homens, sendo um traço fundamental desta sociedade. Coloca as ideologias como valores apresentados pela minoria dominante, politizando a prática educativa e demonstrando o seu envolvimento com o social. Ele afirma que escola é o campo específico de atuação política do professor, politizando ainda mais o ambiente escolar.



Educação, instrução e ensino


Neste subtítulo, o autor define as três palavras chaves, suas diferenças e sentidos diversos. A educação que é apresentada com um conceito amplo, que podemos sintetizar como uma modalidade de influências e inter-relações que convergem para a formação da personalidade social e o caráter, sendo assim uma instituição social.


Já a instrução está relacionada à formação e ao desenvolvimento das capacidades cognoscitivas, mediante o domínio de certos conhecimentos. O ensino por sua vez é conceituado aqui como as ações, meios, condições para que aconteça a instrução. Observa-se que a instrução esta subordinada à educação. Estas relações criam uma relação intrincada destes três conceitos que são responsáveis pelo educar. Destaca que podemos instruir sem educar ou vice-versa, pois a real educação depende de transformarmos estas informações em conhecimento, tendo nos objetivos educativos uma forma de alcançarmos esta educação. Coloca que a educação escolar pode ser chamada também de ensino.



Educação escolar, Pedagogia e Didática


A educação escolar é um sistema de instrução e ensino de objetivos intencionais, sistematizados e com alto grau de organização, dando a importância da mesma para uma democratização maior dos conhecimentos. O autor coloca que as práticas educativas é que verdadeiramente podem determinar as ações da escola e seu comprometimento social com a transformação. Afirma que a pedagogia investiga estas finalidades da educação na sociedade e a sua inserção na mesma, diz que a Didática é o principal ramo de estudo da pedagogia para poder estudar melhor os modos e condições de realizarmos o ensino e instrução. Ainda coloca a importância da sociologia da educação, psicologia da educação nestes processos de relação aluno-professor.


A Didática e a formação profissional do professor


Determina, o autor, que as duas dimensões da formação profissional do professor para o trabalho didático em sala de aula. A primeira destas dimensões é a teórico-científica formada de conhecimentos de filosofia, sociologia, história da educação e pedagogia.
A segunda é a técnico–prática, que representa o trabalho docente incluindo a didática, metodologias, pesquisa e outras facetas práticas do trabalho do professor. Neste subtítulo, Libâneo define a didática como a mediação entre as dimensões teórico-científica e a prática docente.

terça-feira, agosto 7

A "filosofia da libertação" de Freire alicerça uma pedagogia libertadora

Na ação da pedagogia libertadora, Freire sempre concebeu a pedagogia como uma atividade essencialmente política. Sendo a sua abordagem, desta forma, um instrumento explicitamente político, referido ao contexto peculiar da estrutura capitalista de nossa sociedade.

Assim, seu ponto de partida e seu ponto de chegada é o homem oprimido. Seu objetivo: re-humanizar aqueles que foram destituídos de humanidade pela opressão e pela exclusão. Para que isso aconteça é fundamental que a prática pedagógica não se realize fundada na autoridade do mestre, na memorização “acrítica” e na ausência de criatividade.

A interação pedagógica se faz entre sujeitos “aprendentes”, pois "ninguém ensina nada a ninguém" - uns aprendem com os outros. O instrumento por excelência da ação pedagógica: o diálogo baseado no amor. Somente assim poderá haver comunicação (com) partilhada e, por conseguinte, aprendizagem significativa.


As idéias e método de Freire são expressão que ele mesmo gostava de usar - datados e situados. Surgiram no Brasil, no final dos anos cinqüenta e início dos anos sessenta, momento em que as massas populares brasileiras tomavam consciência de si, e se mobilizavam para participar ativa e efetivamente de sua história, após séculos de alienação e exclusão do poder de decisão sobre suas condições concretas de vida.

Freire via na educação, naquele momento, e em particular na alfabetização - já que somos um país com uma grande maioria de analfabetos -, um momento pedagógico fundamental para que esta participação pudesse orientar-se de uma forma consciente, desalienada, não fisiológica, fundamentada, sobretudo na realidade concreta do educando e na possibilidade de sua transformação.

Resenha da obra de Max Weber : "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo"

Obra de 1904-1905 indispensável para todo aquele que pretende estar a par da evolução do pensamento e da ideologia ocidentais. 

A questão de como se relacionam o calvinismo e o capitalismo tem sido objeto de enorme controvérsia, estando longe de produzir um consenso entre os estudiosos. Numa tese oposta à de Karl Marx, Weber concluiu que a religião exerce uma profunda influência sobre a vida econômica. Mais especificamente, ele afirmou que a teologia e a ética do calvinismo foram fatores essenciais no desenvolvimento do capitalismo do norte da Europa e dos Estados Unidos. 
Partiu da constatação de que em certos países da Europa um número desproporcional de protestantes estavam envolvidos com ocupações ligadas ao capital, à indústria e ao comércio. Além disso, algumas regiões de fé calvinista ou reformada estavam entre aquelas onde mais floresceu o capitalismo. Na sua pesquisa, ele baseou-se principalmente nos puritanos e em grupos influenciados por eles. 

Ao analisar os dados, Weber concluiu que entre os puritanos surgiu um "espírito capitalista" que fez do lucro e do ganho um dever. Ele argumenta que esse espírito resultou do sentido cristão de vocação dado pelos protestantes ao trabalho e do conceito de predestinação, tido como central na teologia calvinista. 

Finalmente, a secularização do espírito protestante gerou a mentalidade burguesa e as realidades cruéis do mundo dos negócios.

segunda-feira, agosto 6

Pedagogia Histórico-Crítica e o primeiro passo para repensar o processo de acumulo do conhecimento cultural humano

O primeiro passo para repensar o processo de acumulo do conhecimento cultural humano é através do reconhecimento do lócus do próprio homem, enquanto um ser bio-psiquico-social e historicamente determinado.


Nessa perspectiva, o homem de uma criação divina – criatura de Deus – passa a ser pensado como uma criatura que transforma a “natureza” e a si própria, através do trabalho. O trabalho produzido nessa relação homem / “natureza”, enquanto ação intencional adequada a determinadas finalidades de transformação da natureza, cria um mundo humano (cultural) que permite sua subsistência material e não material. (SAVIANI, 2003).



A interferência desse homem possibilita, não somente a produção material, como também na não-material, que é o caso da educação, cuja natureza vem de idéias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades criadas pelos homens em sociedade e, esses elementos são constituídos como segunda natureza.



Nesse prisma, podemos vislumbrar a construção do conhecimento a partir da base material e o trabalho enquanto fundamento do processo do conhecimento. Segundo Saviani (2003, p. 12) "O que não é garantido pela natureza tem que ser produzido historicamente pelos homens, e ai se inclui os próprios homens".



Podemos, pois, dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Conseqüentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identidade dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta de formas mais adequadas para atingir esse objetivo.

Percebe-se a importância de repensar o lócus do homem com base nessa concepção pressuposta pelo materialismo histórico (dialético), dentro de uma perspectiva historicizadora, que assim permite através destes elementos teóricos repensar a natureza, o trabalho, a educação, a cultura, em fim tudo que é humano.



Entendo que se coloca a relevância da concepção materialista dialética enquanto fundamentos teóricos, filosóficos e políticos concretos à educação, por permitir ao próprio homem a mobilidade necessária a tais mudanças. Assim, compreendo que para uma corrente pedagógica se constituir em pedagogia histórico-crítica, ela precisa assumir um posicionamento sobre o que significa educação e o que denota educar seres humanos.



Segundo Saviani, (2003, p.103) "A Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes sociais da educação, a compreensão do grau em que as contradições da sociedade marcam a educação”. Por conseqüência, é preciso se posicionar diante dessas contradições e esclarecer a educação das “visões ambíguas”, fato que, somente assim, percebe-se claramente qual é a direção que cabe imprimir a questão educacional.



Com o advento da pedagogia histórico-crítica, se passou a compreender a Educação no seu desenvolvimento histórico-objetivo. Abriu-se a oportunidade de entender que a proposta pedagógica tem como base a aplicação da metodologia dialética do ensino-aprendizagem, em substituição aos dogmas tradicionais, cujo referencial e compromissos estão voltado para a transformação da sociedade.



Para Libâneo (1991, p.31) a Pedagogia Histórico-Crítica foi sendo tecida, "na linha das sugestões das teorias marxistas que não se satisfazendo com as teorias crítico-reprodutivistas postulam a possibilidade de uma teoria crítica da educação que capte criticamente a escola como instrumento coadjuvante no projeto de transformação social".



Assim, o mais importante para a educação é que essa poderosa influência do meio social, da realidade material e histórica não é um determinismo implacável e unidimensional, pois o homem, como produto da história, também, é autor e sujeito desse processo.



A realidade material econômica e social e a história determinam não só a consciência, mas todo o ser humano. O sujeito e o seu pensamento são reflexos das múltiplas relações existentes na realidade material, pois ele é sujeito na medida em que é sujeito histórico. Assim sendo, a mente e o conhecimento têm formação social, e, portanto, sujeito humano também tem origem social e histórica.

sábado, agosto 4

Isso é História: reflexões de Carl G. Jung

Entre 1936 e 1945, Carl G. Jung Brasil publicou algumas de suas reflexões sobre o situação da Alemanha, desde a primeira grande guerra. Tais reflexões foram traduzidas e publicadas pelas Editora Vozes sob o título "Aspectos do Drama Contemporâneo", em 1988, compondo o volume X/2 das Obras Completas. O original alemão foi publicado em 1974 sob o título "Zivilisation im Übergang".

À página 23, da edição Vozes, Jung comenta:..."Quem tudo promete nada cumpre e aquele que muito promete está na iminência de se valer de expedientes escusos para cumprir a promessa, abrindo as vias para uma catástrofe. A contínua expansão da assistência estatal é, por um lado, muito bonita mas, por outro, bastante suspeita na medida em que retira do indivíduo a responsabilidade, produzindo cordeiros e pessoas infantilizadas. Ademais existe o perigo da exploração dos competentes pelos irresponsáveis. [...] É preciso que se tente preservar o máximo o instinto de autoconservação do cidadão, pois separado da raiz nutrícia de seus instintos o homem se converte num joguete de todos os ventos; nesse caso, ele não passa de um animal doente, desmoralizado e degenerado cuja sanidade só poderá ser restituída mediante uma catástrofe."

(C.G.Jung - Memorias Sonhos e Reflexões - p.23)

Brasil tem cinco universidades entre as 500 melhores

O ranking 2007 das 500 melhores universidades do mundo, divulgado desde 2003 pela Shanghai Jiao Tong University, na China, classificou cinco instituições brasileiras. A primeira a aparecer é a Universidade de São Paulo (USP), entre as 200 melhores.


Na seqüência, aparecem a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).



Os Estados Unidos são o país mais bem classificado na listagem, com 17 instituições entre as 20 melhores. Harvard é a que aparece em primeiro lugar, seguida da Universidade de Sanford e de Berkeley.As universidades foram classificadas por seus desempenhos de pesquisa acadêmica, o número de publicações em revistas especializadas, como Science e Nature, e premiações de alunos e equipes científicas.



10 melhores



  1. Universidade de Harvard - EUA ;


  2. Universidade de Stanford - EUA;


  3. Universidade da Califórnia - Berkeley - EUA;


  4. Universidade de Cambridge - Reino Unido;


  5. Massachusetts Institute of Technology - EUA;


  6. California Institute of Technology - EUA;


  7. Universidade de Columbia - EUA;


  8. Universidade de Princeton - EUA;


  9. Universidade de Chicago - EUA;


  10. Universidade de Oxford - Reino Unido

Fonte: Terra - Educação