sexta-feira, outubro 22

O Silêncio dos Índios


Está escrito numa  obra, que um dos melhores bens dessa vida,  dos quais a  humanidade precisa aprender a buscar nos tempos atuais  é “ a sabedoria para viver".  Eckhart_Tolle,  na edição, expressa que " a sabedoria é a consciência básica da qual provêm todas as formas de vida. O escritor descreve de maneira distinta e nos  ensina que lidar com a  inteireza no viver " vem da capacidade de manter "a calma e o silêncio interior". Achei suas idéias interessantes,  gostaria de compartilhá-las.
 
Segundo o professor de espiritualidade contemporâneo, não é preciso ir muito além, basta  "ver e ouvir apenas". O escritor nos aconselha a manter calma, olhar e ouvir, ativando assim, "a inteligência real", que existe dentro de cada um de nós. Enfim, deixar "que a calma interior orientar as palavras e ações". É uma vertente de pensamento ligada ao "Espírito", que vem  colaborar em muitas das situações vivenciadas em nosso cotidiano, proporcionando integração e aprofundamento da transformação do "ente".

De momento, não contrariando a sabedoria exposta, lembrei-me de gente, pelas quais, fundamentam-se no "silêncio" para expressar  "respostas" que necessitavam, se calhar  serem articuladas. Mesmo assim, não podemos dizer mal destas pessoas, quem sabe,  até aprendermos com elas.  Possa ser uma forma que encontram para aprender educar suas maneiras e  melhor lidar com o "outro".  Portanto, também é um jeito de agir com sabedoria.
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A propósito, das tantas interpretações que fiz da leitura em pauta, reporto-me a uma palavra que torna-se crucial para compreenção do "silêncio", é a "aceitação". Ela é muito importante, não raras às vezes, nos ajuda a decidir uma causa. Embora,  me recorde que nas línguas do Ocidente, a expressão "aceitação" tenha uma conotação de atitude derrotista.  Mas..., este é outro assunto a trabalhar, posterior.
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Prá já, trago a idéia que sinto vontade de compartilhar, considero "bom senso", me auxilia a olhar melhor, quando perçebo que falei ou escrevi algo movida por impulso. Constante, encontro-me lendo a mensagem a fim de, quem sabe, em cada leitura, venha alcançar [nem que seja um bocadinho], a tamanha sabedoria recomendada, "manter a calma e o silêncio interior".  

Então, já lembrando de parabenizar a quem têm ou busca maior prudência nas suas ações, vamos a esta!

" O Silêncio dos Índios"

Nós os índios conhecemos o silêncio.
Não temos medo dele.
Na verdade para nós ele é mais poderoso
do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados
nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram essa sabedoria.
"Observa escuta e logo atua" nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.

Observa os animais, para ver como cuidam de seus filhotes.

Observa os anciões, para ver como se comportam..

Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro com o coração e a mente quietos
e então aprenderás.

Quando tiveres observado o suficiente então poderás atuar.
Com os brancos é o contrário.
Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos
e todos falam cinco dez cem vezes.

E chamam isso de "resolver um problema".

Talvez o silêncio seja duro demais a vocês
porque mostra um lado que não quereis ver.

Quando estão numa habitação e há silêncio ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então falam compulsivamente
mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.

Para nós isso é muito desrespeitoso
e muito estúpido inclusive.
Se começas a falar eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutar
se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou te interromper.

Quando terminares tomarei minha decisão
sobre o que disseste, mas não te direi se não
estou de acordo a menos que seja importante.
Do contrário simplesmente ficarei calado
e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.

Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas palavras
como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que
a terra está sempre nos falando e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.

Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.
"Não sofremos de falta de comunicação
mas ao contrário sofremos com todas as forças
que nos obrigam a nos exprimir
quando não temos grande coisa a dizer".

Apoio de fonte: Wikipédia / Resenha

TOLLE, Eckhart. O Poder do Silêncio, 128 pág. Editora Sextante, 2005.
BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê, 203 pág. Arquipélago Editorial, 2006.
Imagem do Google


Recomendação: 
FILME: O ÚLTIMO DOS MOICANOS (The Last of the Mohicans), EUA, 1992
DIREÇÃO: Michael Mann
ELENCO: Daniel Day-Lewis, Madeleine Stowe, Russel Means, Eric Schweig. 122 min. 

BOM FINAL DE SEMANA!

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