quinta-feira, outubro 21

Sentiam o frio n"Alma, de sintonia convidavam um ao outro para dançar...

Podem dizer que esta é uma historinha imaginária..., um conto, sómente!

E..., aconteceu um certo dia.
Sem perçeber a armadilha que  os desencontros da vida proporciona,  depararam-se neste imenso, duvidoso, quem sabe, sincero mundo virtual.  Começaram as confidências. Logo, pensaram de imediato, ahhh, que bom..., encontrei alguém que sente parecido comigo, pensa mais ou menos igual a mim e, o que é melhor, tudo indica que seja considerado "normal", como pensara ser.

E..., a canção " Dois pra lá, dois prá cá" soava nos sentidos. Sentiam o frio n"Alma, de sintonia convidavam um ao outro para dançar, o imaginar da voz os acalmavam, eram mesmo como se fossem dois em um, embriagados " de wisky com guaraná".

E..., os dias foram-se passando. De amigos, admitiram serem namorados.
Diariamente, trocavam ideías, compartilharam questões pelas quais, pudessem dissipar quaisquer contradições possíveis.

E..., assim foram seguindo, tentando se acertar.
Ele, tudo indicava,  pensava que não deveria existir alguém tão parecido consigo próprio. Tanto que já se acostumara a viver só. E, não acreditava na tamanha veracidade do sentimento que estava brotando. Ela, por sua vez, também ficava a perçeber as constantes semelhanças que há algum tempo, vinha pensando que não encontraria em outro alguém. Achava que, somente ela  poderia ser daquele tipo. Sem dúvida, há tempos vivia sua vida, sem sequer admitir a possibilidade de encontrar alguém para dividir seus anseios. Houvera desistido [de certa forma], de pensar que um dia , ainda viesse e/ou pudesse estar deitada com a cabeça nos ombros de alguém forte e que este fosse afetuoso. Aguém que  existisse no presente, para ser eternamente.

E..., no decorrer, ele disse a ela que tinha suas mãos bem fortes.
Mediante a colocação, ela indagou se poderia ficar segura. Complementou, sem vacilar que não a deixaria cair... Foi sómente e tudo isso que ele dissera, certo dia. Contudo, ela confiou nele... pois, acreditava que um dia, poderiam vir a se encontrar. Dependeria somente dos dois, tudo indicava que ambos queriam, falavam que sim!.
.
E..., mas, de repente, vieram os "AIS".
Estes, apresentam-se no presente de toda a gente. Normalmente, são acompanhados de remotas lembranças que rondam a mente. Fazem com que vaguemos em devaneios, buscando o medo, tamanho. Acaba por dá existência significante a um sentimento de culpa e muito temor. São os famosos e supostos "fantasmas" que habitam as nossas almas.

Entretanto, embora tivessem que enfrentar estes "ais", como já estavam por demais envolvidos, acharam melhor não estragar tudo. Assim, resolveram parar de relembrar certas coisas, quem sabe, mais vantajoso seria, até mesmo ficarem cegos. Deste modo, preferiram tentar não enxergar o que teimoso "pensar "insistia em raciocinar.



Contudo, por mais que tentassem, não deu jeito, lá veio a realidade a lembrar - lós que cego, embora não enxergem,  ainda assim, sentem no seus íntimos  a visão de tudo. Os princípios, os costumes e o medo amedrontam, embora o sentimento,  já não mais esteja adormecido e reclame seu espaço, por direito. 

E..., assim continuaram a contruir uma pequena história.
Quem sabe, igual o historiar de José e Maria, ou Joaquim e Josefa, ainda Pedro e Jacinta... Quem sabe???

Não importa muito...
Afinal a vida  é sempre uma construção e, mesmo que nos reserve surpresas, como tal, passamos por constantes provocações. É isso, a palavra "provocação" é bem vinda. Quem sabe, não fora isso que acontecerá?  Pois, quando agimos, provocamos o outro, que é testemunha ou impulso de nosso modo de proceder…queiramos ou não, provocamos até mesmo sem querer provocar, isso é "ação de viver" .

Mas..., por enquanto, a historieta está a existir assim...
Embora, tudo indique que chegou o seu fim, têm gente, ainda acredita, este acontecimento não se pode dizer que acabou. Seja como for, se serve para desopilar, está sendo, que seja, aconteça..

Prá já, vamos continuar...
É hora do "medo"  avançar um bocadinho mais. 
De momento, também já  perçebe-se  um tanto quanto de descaso.
Afinal, o silêncio impera... 

Tudo indica, ambos estão vivenciando e alimentando a crença de que já não existem possibilidades. Desta forma, não há mais motivos para temer nada, os dois não precisam mais ficar as turas, buscando incitar "os medos" que vinham balançando o que possivelmente estavam a construir. E, como um edifício que desaba a qualquer momento,  aquele, decerto chegara ao seu tempo determinado. Aconteceu, de maneira a um mar que chega em fúria, trazendo o vento, arrastando e levando, ou mesmo que seja, lavando os sentimentos...

E..., também, não importa muito como.
Houvera uma escolha [por uma das partes]. 
Ela acreditou mais..., esperou, somente, com o silêncio ficou.
Vai ver os princípios predominaram!


Resta, irônicamente, um brinde às renúncias...
Vestiram-se os atores.Colocam suas máscaras e,
chamaram seus melhores amigos para compartilhar o ato.
A vida continuará. 

Eles vão continuar respirando..., são fortes, enfim. 
Outrora, já  sobreviveram a outros temporais. 
E, agora são mais capazes, sabem que não morrem por isso!
Afinal, é so uma possibilidade de, quem sabe, estar se defrontando com a famosa "Alma Gêmea"! Embora ninguém possa afirar que sim e nem o contrário, mediante as circunstâncias, resta aceitar, portanto.

Salutar, engolir o soluço é preciso!

E..., melancolicamente o tempo vai se passando e o silêncio admitindo o fim.

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