segunda-feira, agosto 19

Para quando eu me deixo ler em, "A descoberta do mundo" - de Lispector



O mergulhar nas águas serenas

Abro os olhos e logo indago: - Será acordei bem?
Diria que sim!. Já cedinho a pensar, verbalizar e colocar em prática o que sei, sera a receita mais certa de estar bem consigo própria. A propósito, lembro-me que um dia desses li algo sobre o estado de (in)- felicidade. Dizia que, " é preciso saber extrair disso algo que nos fortifique e nos torne pessoas mais maduras. A infelicidade é uma contingência, não é definitiva, assim como a felicidade também não é". 

Enfim..., chega-se a conclusiva de que, tudo que nasce do perfeito é perfeito, e se retirarmos tudo o que é perfeito do perfeito, o que resta é a perfeição. Veja você mesmo com seus próprios olhos o que a imagem sugere. São águas claras que descem do trono de Deus. É avivamento pra você e eu. Mergulhe agora vai a fundo. Mais profundo no rio que nasce no coração de Deus. Pra curar santificar, libertar. E a tua vida hoje transformar...

Sabes, gostava saibas que, “ quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.

Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. […] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, [pouco]rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez. 

Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. […] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.

Também eu, "JURO QUE A VIDA É BONITA.”

0 comentários: